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Thursday, June 13, 2013

Retratos do carioca moderno - parte 1


Em pesquisas recentes, o Rio de Janeiro foi considerado uma cidade feliz pelos seus moradores. Nas músicas, vemos inúmeros artistas entrarem em conflito ao  retratarem o lugar. Alguns dizem que é o “berço do samba e das lindas canções”, enquanto outros falam que “a vida é boa, mas só vive quem não tem medo”.  Para alguns dos quase 16 milhões de habitantes, ser carioca é saber lidar com as diferenças da cidade e  levar a vida, de uma maneira geral, com alegria, independentemente dos problemas que a cidade esteja enfrentando.


Na pesquisa “O Carioca e a Felicidade”, feita para jornal O Globo em março de 2013, três em cada quatro cariocas dizem que o Rio é uma cidade feliz justamente por conta do carioca. Não surpreendente, em 2009 a revista econômica Forbes fez uma pesquisa parecida. Nela, foram ouvidas 10 mil pessoas de mais de 20 países que afirmaram que o Rio de Janeiro é a “cidade mais feliz do mundo”, ficando na frente de Sydney, na Austrália, e de Barcelona, na Espanha. Mas ao que se deve toda essa felicidade? Ambas as pesquisas relatam o bom-humor do carioca como uma das razões da cidade ter ganho o título. “Felicidade para mim é ter tempo para aproveitar a cidade da maneira que eu gosto, ou seja, dando um mergulho no início ou no fim do dia (…) Isso é a cara do Rio. Só posso pedir desculpas para quem não mora aqui...”, diz a carioca Manuela, na pesquisa do jornal.




Para a cantora Adriana Calcanhoto, em sua música “Cariocas”, os cariocas são “bonitos, bacanas, sacanas, dourados, modernos, espertos, diretos, não gostam de dias nublados” e por aí vai. Ela não foi a primeira – e não será a última – musicista a expressar suas opiniões sobre o carioca ou sobre a cidade. Desde 1935, quando Aurora Miranda cantou a marchinha “Cidade Maravilhosa” pela primeira vez, o mundo vem conhecendo o Rio de Janeiro através de canções que demonstram tanto o lado bom quanto o lado ruim dessa metrópole. Na famosa “Garota de Ipanema”, Tom Jobim e Vinicius de Moraes mostram os encantos da típica garota carioca ao dizerem que ela era uma “moça do corpo dourado, do sol de Ipanema”, cujo  “balançado é mais que um poema” e era a coisa mais linda que eles já viram passar. Ainda descrevendo a carioca, Preta Gil lançou uma canção chamada “Mulher Carioca”, em que descreve exatamente como esta é: pele morena, swing na veia, não tem bobeira, segunda-feira vai badalar e na sexta-feira ela quer se bronzear. Já para Toni Garrido em “Solteiro no Rio de Janeiro”, os cariocas tinham “ corpos malhados, sorrisos talhados” e o clima de azaração era “meio libertino”. Assim como esses cantores brasileiros, Barry White também já compôs uma música a respeito da cidade e de seu povo. Em “Rio de Janeiro”, White diz que “i love the fun in the sun and the people” (eu amo a diversão sob o sol e as pessoas) e “anytime, day or night, everything is so alive” (qualquer hora, dia ou noite, tudo tem vida). 

Todas essas pessoas - famosas ou não - tem em comum o amor que aparentam ter pelo Rio de Janeiro, mas será que só ter esse amor é suficiente para retratar um carioca? O que você acha?

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